Trata-se do vídeo do inesquecível jogo de 30 de Maio de 2002 que nos deu o título Nacional mais inesperado da história do hóquei em patins Português. É que nessa época, na fase regular, o FC Porto consentiu 6 derrotas e terminou a prova em 4º lugar a 12 pontos do líder Benfica. Para a fase final, só 50% dos pontos contavam e o FC Porto começou essa fase a 6 pontos de Benfica (de Carlos Dantas) e Barcelos (de José Querido), um atraso que todos consideravam irrecuperável. O FC Porto começou por ser treinado por Mário Aguero mas depois Franklim Pais acabou por assumir o leme da equipa ainda antes do fim da 1ª fase. O ponto de viragem terá sido a 1ª jornada da fase final com o FC Porto a triunfar em Oliveira de Azeméis (5-4), ganhando depois os 2 jogos seguintes em casa frente a Infante de Sagres e Gulpilhares. Na 4ª ronda, ganhamos 4-3 em Barcelos, numa exibição perfeita da nossa equipa e na última ronda da 1ª volta da fase final, recebíamos o Benfica em posição de subir ao 1º posto depois dos dois nossos principais adversários terem escorregado em jogos nos quais eram claros favoritos. Estivemos a perder 0-2, mas com uma 2ª parte de sonho demos a volta e ganhamos por 6-2! Subimos à liderança a meio da fase-final. Na 2ª volta ganhamos à Oliveirense e depois também triunfamos nas deslocações ao Infante e ao Gulpilhares. E assim, chegamos à tal penúltima ronda recebendo o campeão do ano passado (com os perigosos irmãos Bertollucci). Ganhando, asseguraríamos de imediato o título Nacional. Ao Barcelos só a vitória ainda dava esperanças, enquanto o Benfica (que iria receber o FC Porto na última ronda) torcia por um empate. O FC Porto começou bem chegando ao 2-0 (Orlandi e Pedro Alves) mas o Barcelos nunca se rendeu e ao intervalo ganhava por 2-3. Na 2ª metade, o 2-4 deixa o público em desespero mas 2 golos azuis e brancos (Tó Neves e Pedro Alves) num curto espaço de tempo devolvem a alegria a um pavilhão que rebentava pelas costuras e que mais parecia um forno. Com 4-4 no marcador, tudo era ainda possível. Neste vídeo, podem ver o golo oportuno de Tó Neves (5-4) e os seus festejos a demonstrar toda a sua raça e amor ao clube, e depois o 6-4 que levou ao delírio a multidão num penalty transformado por Pedro Alves. O Barcelos ainda reduziu para 6-5, mas os pupilos de Franklim Pais souberam segurar a vantagem nos últimos segundos...Os jogadores que fizeram parte desta conquista fantástica do hóquei do FC Porto, tão bem liderado pelos dirigentes Ilídio Pinto e João Baldaia, foram, Edo Bosch, Alberto Orlandi, Paulo Alves, Pedro Alves, Tó Neves (capitão de equipa), Filipe Santos, Reinaldo Ventura, Nuno Félix, Frederico Espinheira, Ricardo Figueira, Reinaldo Garcia e Paulo Solar (o treinador principal e vitorioso, e que só assumiu o cargo a meio da época, foi Franklim Pais). Na última ronda, o FC Porto foi à Luz já campeão enfrentar o 2º classificado, Benfica, saindo de lá imbatível nesta fase final em que, em 10 jogos ganhou 9 e empatou este último a 5 bolas, não cedendo nenhuma derrota. E assim se consumou o 1º título de um percurso que iria até aos 10 consecutivos (deca).
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